HISTÓRICO
CNA
O I Congresso Nacional de Arquivologia (CNA) foi realizado em novembro de 2004, em Brasília, e teve como tema “Políticas e práticas ao acesso a informação”. O II CNA foi em Porto Alegre, em 2006, e os participantes debateram sobre “Os desafios dos Arquivistas na sociedade do conhecimento”. Em 2008, o III CNA foi no Rio de Janeiro e pela primeira vez realizado pela Executiva Nacional de Associações Regionais de Arquivologia (Enara), entidade idealizada durante o II CNA. Em terras cariocas, profissionais, estudantes e instituições puderam refletir sobre a “Arquivologia e suas múltiplas interfaces”. Em 2010, a 4ª edição do CNA será em Vitória (ES), entre 19 e 22 de outubro, e terá como tema “A gestão de documentos arquivísticos e o impacto das novas tecnologias de informação e comunicação”. O objetivo da versão capixaba do CNA, o IV CNA em 2010, é promover debates sobre os desafios do arquivista na sociedade, o gerenciamento de informações digitais e o desenvolvimento científico e tecnológico da Arquivologia.
UFES
A Ufes foi originada da antiga Universidade do Espírito Santo, criada em 1954, mantida e administrada pelo governo estadual. Em janeiro de 1961 foi transformada em universidade federal no governo de Juscelino Kubitschek. Logo em seguida iniciou-se o planejamento para concentrar todos os cursos no mesmo espaço, e foi desapropriada uma grande área no atual bairro de Goiabeiras com 1,5 mil m². Pouco a pouco a Ufes foi se expandindo e, na década de 1970, ainda em Vitória, inaugurou o atual Centro de Ciências as Saúde (CCS) e o Hospital Universitário Antonio Cassiano de Moraes (Hucam), em Maruípe. Dando continuidade a expansão da década de 1970, a instituição instalou ao sul do Estado, na cidade de Alegre, o Centro de Ciências Agrárias (CCA). Em 2006 foi criado no norte do Estado do Espírito Santo, na cidade de São Mateus, o Ceunes, o Centro Universitário Norte do Espírito Santo. A Ufes é hoje a universidade federal que mais cresceu nos últimos quatro anos na pós-graduação, com cerca de 1,3 mil mestrandos e 200 doutorandos. O número de cursos de graduação também cresceu de 2002 até hoje, saltando de 47 para 74. A oferta de vagas para a graduação presencial também aumentou no período: em 2002 foram ofertadas 2.745 vagas, e, em 2008, 3.995 vagas.
O CURSO DE ARQUIVOLOGIA
A primeira proposta para criação do curso de Arquivologia no Espírito Santo data do início da década de 1980 e por iniciativa da direção do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES). O Espírito Santo estava se modernizando e sua economia apresentava sinais de desenvolvimento. O fomento econômico amplia os postos de trabalho. Conjuntamente a este fator, o desenvolvimento tecnológico vivido a partir desta década coloca em foco a questão da informação. E os profissionais da informação e com conhecimento específico em informações orgânicas registradas passaram a ser requisitados pelas empresas locais, públicas ou privadas. Mas estas justificativas não foram suficientes para motivar os dirigentes e órgãos competentes da UFES na época e o projeto foi arquivado. Mais de uma década depois, em 1996, foi criado o primeiro curso de Especialização em Arquivos na UFES e, em 1999, foi oferecida sua segunda versão. Estas duas versões do curso de Especialização em Arquivos foram de grande importância para a história do curso, pois não só capacitou os professores do então Departamento de Biblioteconomia, como também resgatou a discussão sobre a criação de um curso na área. A Universidade estava mais aberta para criação do curso ¬nesse momento e o mercado capixaba dava sinais de grande procura por este profissional. Em julho de 1999 foi concedido ao Departamento de Biblioteconomia parecer favorável para a criação e implantação do curso de graduação em Arquivologia. No mesmo ano, o currículo do curso foi aprovado, com carga horária total de 2,4 mil horas, sendo 1.530 horas de disciplinas obrigatórias e 870 horas de disciplinas complementares. A aula inaugural foi ministrada pelo professor Carlos Rossato em 14 de março de 2000. Entretanto, o reconhecimento do curso ocorreu mais tarde, com a Portaria nº 3.458 em 25 de Novembro de 2004. O curso de Arquivologia da Ufes já formou mais de 200 profissionais. Os profissionais formados preenchem com muita competência as oportunidades que surgem no mercado de trabalho capixaba, inclusive despontando nos primeiros lugares nos concursos públicos na área. Em 2008, o curso de Arquivologia aderiu ao projeto REUNI para poder crescer e melhorar sua estrutura física e pedagógica. E em 2009 foi criado o Departamento de Arquivologia, conquistando mais autonomia administrativa e pedagógica.
A ARQES
A Associação dos Arquivistas do Espírito Santo (AARQES) foi criada oficialmente em março de 2005. As motivações foram anteriores há este ano. Em 2004 foram realizados na Ufes encontros e debates no Centro Acadêmico sobre a questão do associativismo e surgiu a vontade de organizar uma instituição que defendesse os interesses dos novos arquivistas que graduavam pela universidade. Uma instituição que também pudesse divulgar a Arquivologia e articular parcerias entre universidade, empresa e governo. A maior dificuldade encontrada inicialmente foi a participação dos profissionais nas ações movidas pela recém criada associação. Outra dificuldade foi a estruturação da entidade, faltavam espaço físico e recursos financeiros. De início faltavam projetos e pessoas envolvidas na luta pelo reconhecimento da instituição e na consolidação de sua representação como sociedade civilmente organizada. Atualmente a AARQES tem o reconhecimento e representatividade nos conselhos de cultura, Estado e municípios. A Ufes, representada pelo antigo Departamento de Ciências da Informação e atual Departamento de Arquivologia, sempre apoiou os eventos e projetos da AARQES. Outro grande parceiro, principalmente na luta pela gestão do patrimônio documento capixaba, é o Arquivo Público do Espírito Santo (APEES). Também configuram importantes parcerias, as associações regionais, principalmente depois da criação da Enara. Hoje a AARQES tem uma atuação bastante dinâmica e reconhecida não só pelos seus membros, mas também pelas instâncias arquivísticas acadêmicas e profissionais.
Adaptado de e-mail enviado por Anna Szlejcher
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